Eu sou um homem sincero.
De onde crescem as palmeiras.
E antes que a morte me leve.
Quero que versos me saiam da alma.
Eu sou de toda parte...
E eu vou para toda parte.
Eu estou nas artes...
Em meio as montanhas.
Eu sou uma montanha.
Tudo é belo e constante...
Tudo é música e razão.
E tudo, feito o diamante...
Antes de ser luz é carvão.
Como os pobres do mundo
Eu quero ter o meu destino
Um pequeno riacho na montanha...
Me agrada mais do que o mar.
Eu quero quando eu morrer.
Sem pátria, porém sem dono
Ter na minha lápide um buque de flores e uma bandeira
a bandeira do meu país.
Eu cultivo uma rosa branca
em julho, como em janeiro...
Para um amigo sincero
Que me oferece sua mão honesta.
E para o cruel que me arranca o coração, que me mantém vivo...
eu não cultivo espinhos.
Eu cultivo a rosa branca.
Poema do filme - "A Cidade Perdida"
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