segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sobre as drogas!

Se você costuma tomar uns goles de cerveja, dar umas tragadas na maconha ou utilizar algum tipo de intorpecente (seja ele lícito ou ilícito), ouça bem o que tenho a dizer.

Nossa mente normalmente anda dispersa, quase que o tempo todo. No seu estado normal de consciência já é muito difícil perceber ou prever todas as situações.

Imagine se, ainda por cima, você costuma consumir alguma substância que diminua ainda mais o seu reflexo ou que amplie a instabilidade da sua concentração.

Já é mais do que comprovado cientificamente que um copinho de cerveja pode retardar consideravelmente a velocidade de reação da sua mente e corpo.

Se em um estado comum de consciência já é difícil escapar de acidentes (automobilísticos, caseiros, de trabalho, nos relacionamentos, de uso de palavras e etc) que são gerados pela natureza e pelo laços de acontecimentos, imagine se você estiver em um estado de consciência abaixo do comum.

Não vale dizer que a vida é sua e você faz o que bem quiser com ela, pois não há como separar a sua vida das dos outros. Todos os aspectos da vida são responsabilidade do ser vivente. Quando você entra em um carro e decide acelera-lo você deve saber da potencialidade do seu ato e saber que é responsável pelas consequências dele, este ato em questão pode ser usado como forma de transporte eu como arma letal. A diferença entre um e outro, muitas vezes, está no nível de consciência em que você se encontra. Se você não liga tanto para o que acontece com você, pense pelo menos nos outros e naqueles que você ama e/ou amam você.

Já cansei de ouvir falar sobre acidentes causados por bebedeira ou problemas em casa pelo uso de drogas, mesmo que apenas a cevejinha do final de semana.

Talvez você não perceba isto agora, mas pense nas probabilidades e nas condições que você gera para si e para o outro.

Existem formas muito mais divertidas e plenas de viver a sua vida.

Para ilustrar as probabilidades inseri o link de um vídeo abaixo, assita:

http://www.youtube.com/watch?v=Z2mf8DtWWd8

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Renascimento - Boa Páscoa!

Gosto muito do Rubem Alves, ele tem um jeito simples e ao mesmo tempo profundo de dar uns tapas em nós. Hoje recebi um texto dele que já havia lido antes, mas para relembrar, já que estamos em época com tendências ao renascimento, transcrevo abaixo:


Vida de Pipoca (Rubem Alves)


Milho de pipoca que não passa pelo fogo, continua a ser milho para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.

Há sempre o recurso do remédio: Apagar o fogo! Sem fogo, o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.

Imagino que a pobre pipoca, fechada, dentro da panela cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou. Vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina do que é capaz.

Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM! Ela aparece em uma forma completamente distinta, algo que ela mesma nunca havia sonhado.

Bem, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. É como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. E triste é o seu destino, uma vez que permanece dura a vida inteira. Vão acabar sozinhas, Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria a ninguém.