segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Sobre bhava, nyása e meditação!

"Não haverá uma forma de dominar a paixão? Deixe-me contar sobre um monge budista que conheci no ano passado em Engadine. Ele vive uma vida frugal. Medita metade de suas horas de vigília e passa semanas sem trocar palavra com ninguém. Sua dieta é simples, uma única refeição ao dia, aquilo que conseguir esmolar, talvez apenas uma maçã. Mas ele medita sobre a maça até estar prenhe de vermelhidão, de suculência e de vivacidade. No final do dia ele apaixonadamente antecipa sua refeição. A conclusão é, Josef: você não precisa renunciar à paixão, mas tem que mudar suas condições para a paixão." Irvin D. Yalom

Já recebi vários comentários de alunos que perguntam se, quando nós aprendermos a lidar com as emoções e pensamentos, não nos tornaremos pessoas frias, sem paixões e sentimentos. A passagem acima descreve muito bem a condição humana de intenção profunda e ao mesmo tempo responde à pergunta.